terça-feira, 9 de março de 2010

Minha Eterna Herança

(Texto escrito em 12 de setembro de 2009) Apesar de não expressar muito, amo minha família. Admiro e muito a história de vida dos meus pais. Cada um, a sua maneira, conseguiu vencer as adversidades da fome e da carência de estudo. Meu pai é filho do sertão cearense. Minha mãe do interior português.

Pode ter sido obra do acaso ou não, mas ambos nasceram num local com o mesmo nome. Pinheiro dos Tavares era o sítio aonde meu pai veio ao mundo. E Pinheiro dos Tavares era a vila aonde minha avó teve a primeira filha. Iriam se encontrar décadas depois. Mas já traçavam as mesmas trilhas da perseverança.

Hoje ambos estão aposentados. Trabalharam como professores. Minhas qualidades, devo a eles. Meus defeitos, devo à minha teimosia de não seguir os conselhos deles – principalmente os do meu pai, que vinham na silenciosa e profunda maneira de olhar.

Que pretensão tenho em escrever essas palavras? Não sei. Talvez apenas manifestar meu amor e minha eterna gratidão por eles. Eles já sabem. Apesar de algumas desavenças, eles sabem. Há certos sentimentos que não precisam ser expressos para saber que existem. Meu amor por eles, por exemplo.

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