terça-feira, 9 de março de 2010

A nova (velha) amizade

(Também escrito em setembro, dia 18) Nunca fui de construir amizades rapidamente. Pelo contrário. Sou do tipo que redescobre a amizade de velhos amigos. De certa forma, é estranha e inusitada essa fórmula de fazer nova amizade. Porque nova não é. Mas acaba se transformando em nova. Não sei se consigo explicar esse método. Funciona da seguinte forma: há o amigo e há o elo dessa amizade como futebol, música, vídeo-game, barzinho, faculdade. E a amizade que inspirou esse texto vem desde 1995.

Foi nesse ano que vim morar em Taubaté. Tinha 13 anos. Cidade nova. Amigos novos. Tive a sorte (ou melhor, o privilégio) de iniciar os estudos da sétima série numa turma bacana. Dos meus mais próximos amigos, praticamente 90% deles são oriundos dessa classe. Fazíamos tudo que a garotada dessa idade faz: jogar bola e vídeo-game. E foi com esse alicerce que a amizade se solidificou. E parecia que ficaria restrita a essa tabelinha (futebol e vídeo-game) mesmo com o passar dos anos. Errado.

Apesar de termos feito a mesma faculdade (Jornalismo), nos formamos em turmas diferentes porque ele optou primariamente por Direito. Sou da turma de 2003 e ele da de 2004. Caso concluíssemos o curso juntos, seriam oito anos de convívio na mesma sala (somando o ginásio e o colegial). Mas isso pouco importa porque a amizade (como já salientei) sempre existiu por mais que ficasse “restrita” ainda ao futebol (cada vez mais raro) e ao vídeo-game (cada vez mais presente). E a prova da confiança da nossa amizade está refletida hoje.

Faz mais de um mês praticamente que damos boas risadas juntos. Todos os finais de semana, mesmo com os respectivos “plantão” de cada um, estamos na companhia um do outro. Futebol e vídeo-game continuam fazendo parte das nossas conversas, assim como dezenas de outros assuntos que incorporamos de agosto para cá. É bom saber que tenho essa nova e velha amizade. Afinal, já não aguentava mais humilhá-lo no futebol e no vídeo-game.

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